Lana Del Rey - Honeymoon

 




Indicação: Kevin
Média Geral: 75
Avaliações: 21
Críticas: 06
Melhor Faixa: High By The Beach & Music To Watch Boys To (42%)
Gênero Musical: Barroco pop, jazz, trip hop.


- INFORMAÇÕES -


"Honeymoon" é o quarto álbum de estúdio da cantora e compositora americana Lana Del Rey. O seu lançamento ocorreu em 18 de setembro de 2015 sob a distribuição da gravadora Universal Music e afiliadas. As canções do CD começaram a ser concebidas em meados de 2014, pouco após a liberação do terceiro disco de originais da artista, Ultraviolence. Inicialmente, a cantora pretendia lançar uma reedição de seu último trabalho, mas editou-o como um novo disco depois de escrever grande parte do material até ao início de 2015. Neste trabalho, a musicista possui maior participação em seu processo criativo, produzindo-o inteiramente com o auxílio de Kieron Menzies e Rick Nowels. Honeymoon foi gravado nos estúdios Electric Lady Studios, em Nova Iorque, e The Green Building, na Califórnia, entre dezembro de 2014 e os meses inciais de 2015. Descrito por Del Rey como um disco "retrô-futurístico", Honeymoon deriva de gênero barroco pop com influências de estilos jazz e trap. Liricameente, reflete as emoções e humor de Lana Del Rey à época de sua escrita. Com canções que exploram temas como relacionamentos torturados, amargura, luxúria e, sobretudo, o escapismo e o anti-voyeurismo, é mais surrealista e menos autobiográfico que os lançamentos prévios da cantora. Considerado um dos mais aguardados de 2015, o disco foi recebido com análises predominantemente positivas pelos críticos musicais, que elogiaram o seu conteúdo musical eclético e enfatizaram a sua natureza lírica por exibir um artista "natural" e "autêntico", e descreveram-no como o melhor da carreira de Del Rey.



- NOTAS - 


Honey: 100 
Efron: 100 
Kevin: 100 
Nelsonfilho: 97 
Buggkiller: 89 
Haze: 89 
Vinda: 88 
Yoojm: 88 
Artsy: 86 
Luisinho: 85 
Hardfeelings: 83 
CruelWorld: 80 
Chuck: 76 
Minogudo: 72 
Mazza: 70 
Badzbabs: 70 
Luc: 61 
Gabe: 60 
Igor: 60 
Fallon: 36 
Lohan: 00



- CRÍTICAS - 



. Honey (100/100): "A tarefa de suceder um álbum grandioso como o ‘‘Ultraviolence’’ (2014) não é para qualquer um, e Lana assume essa responsabilidade com maestria no sombrio e doce Honeymoon, um álbum que parece soar como a trilha sonora perfeita de um suspense dos anos 70. com vibes paradisíacas e melodias hipnotizantes, a musa compartilha alguns de seus devaneios enquanto flerta com o jazz e o blues."



. Efron: (100/100): "Com Honeymoon, Lana Del Rey se aproximou novamente da sonoridade pop que a levou a ser famosa e conhecida mundialmente. O álbum com 14 faixas apresenta um trabalho com singles mais comerciais em relação ao anterior, mas sem se distanciar de sua identidade artística e sem se render a sonoridade mainstream do ano em que foi lançado. As composições e a produção desse álbum são muito bem elaboradas e mantem uma coesão do início ao fim e nos mostra porque a Lana é uma das maiores artistas da atualidade. Destaque para High By the Beach, uma prima mais animada de West Coast."



. Kevin (100/100): "Após a rebeldia do Born To Die/Paradise e a melancolia do Ultraviolence, Lana Del Rey finalmente encontra seu ponto de equilibrio em seu quarto álbum de estúdio, Honeymoon. A artista continua narrando suas experiências amorosas, mas aqui ela já se mostra uma mulher forte, empoderada e segura de si, que sabe lidar com os rompimentos da vida, apesar de manter um ar de tristeza e uma carga emocional muito grande em suas composições. Depois de flertar com o pop, hip hop e o rock dos anos 70 em seus primeiros discos, em Honeymoon a artista se aventura no jazz, como pode ser visto na emocionante balada Terrence Loves You, um dos pontos mais alto do disco, e tambem no trap, na sequência perfeita presente na metade do disco High By The Beach – Freak – Art Deco. A produção “abafada” de Rick Nowels nesse disco cria uma atmosfera cinematográfica incrível, e todas as músicas desse álbum poderiam facilmente ser trilha sonora de algum filme antigo. Já na faixa de abertura, a sombria, misteriosa e enigmática Honeymoon, inspirada no cinema noir dos anos 30 reforça o clima cinematográfico deste trabalho. Embora não tenha sido uma era grandiosa como as anteriores e como as que vieram logo após, o álbum envelheceu bem e atualmente é muito mais bem recebido pelos admiradores da artista do que foi na época do lançamento. Além disso, foi o disco que começou a pavimentar os caminhos de Lana Del Rey como uma artista autêntica e como uma das maiores compositoras de sua geração, deixando de lado aquela falaciosa impressão que alguns tinham em seus primeiros trabalhos de que ela era um personagem e apenas mais um produto de gravadora construído apenas para fazer sucesso."



. Nelsonfilho (97/100): "O terceiro álbum da Lana Del Rey é um grito melancólico em busca do sentido. Percorrendo um caminho diferente dos seus trabalhos anteriores, Honeymoon segue em uma linha bem particular. É um álbum que beira um abismo desenhado para envolver o ouvinte do começo ao fim. Suas notas obscuras em faixas como Terrence Loves You, Swan Song e The Blackest Day causam uma verdadeira explosão de sentimentos, angústia e êxtase. As letras com predominância de metáforas trazem mais sentido as músicas, deixam a caminhada do ouvinte ainda mais linear. Lana sabe como capitar a essência nos seus trabalhos; no Honeymoon ela consegue uma conexão única entre as músicas que as deixam com muito mais coesão. Art Deco, por exemplo, parece ser uma sequência não programado de The Blackest Day, ambas celebrando o desespero de uma vida de sentidos opostos em busca do mesmo objetivo. Falando em Art Deco, essa faixa traz no seu título o que considero a metáfora mais elaborado do álbum. Art Deco foi uma movimentado artístico conhecido por sua raiz decorativa. Trazendo para o âmbito da música, Lana fala: “You’re so Art Deco, out on the floor”, isso faz alusão a uma pessoa que se camufla na aparência para esconder seu interior frio e vazio. Quando ela complementa: “Shining like gunmetal, cold and unsure” amplia mais ainda o sentido no que acabei de falar. Esse é o ápice do material. Honeymoon consegue ser o álbum mais harmônico da Lana, apesar de não ter nenhuma explosão, segue seu caminho de forma ímpar e com identidade audaciosamente própria."



. Artsy (86/100): "Quando descobri a Lana em 2014 (talvez um pouco mais tarde do que a maioria das pessoas), ela estava prestes a lançar o seu terceiro disco de estúdio, Ultraviolence. Me apaixonei quase que instantaneamente por ela, era uma cantora muito promissora e que vinha em uma crescente artística desde o seu primeiro disco. Ultraviolence até hoje é minha obra preferida e onde mais vi uma versatilidade nela, se arriscando no rock psicodélico e fazendo isso com maestria. Entretanto, quando “Honeymoon” foi lançado, aproximadamente um ano após o Ultraviolence, senti um grande retrocesso. O disco definitivamente não era ruim, mas ao mesmo tempo era o mais monótono e “seguro” dela, e até hoje continua sendo um dos pontos mais fracos da discografia mesmo ao lado de Lust for Life (que acredito que não funcione muito bem como um todo, mas que tenha algumas faixas muito melhores que o “Honeymoon” inteiro). Meu encanto então se apagou e, apesar de ainda ouvir os seus novos lançamento, nenhum disco me captou como antes. Temos aqui um conjunto de faixas que em sua maioria parecem a mesma coisa. Possuem a mesma construção, as mesmas melodias, os mesmos instrumentos, a mesma voz dormente da Lana por catorze faixas diferentes. As canções também são desnecessariamente grandes, de forma que poucas criam no ouvinte (que não seja fã, é claro) a vontade de retornar a elas. Além disso, a falta de personalidade da Lana nesse disco também torna difícil criar apego com alguma das músicas. High by the Beach talvez seja um dos grandes destaques aqui. É uma das músicas mais diferentes do disco quebrando a monotonia com uma batida incluindo influências do hip-hop. Extremamente radiofônica e com certeza uma escolha certeira para single. “Salvatore” é uma canção que, apesar do conteúdo lírico de qualidade duvidosa, também considero uma das melhores dentro dessa obra, possuindo um dos seus melhores refrões e uma sonoridade “épica” remetendo a trilha sonora de algum filme no estilo de The Godfather [O poderoso chefão]. Existem também as faixas que poderiam estar entre as melhores, mas que por algum detalhe falham. É o caso de Freak. Na primeira vez que ouvi o “Honeymoon” foi a canção que mais me chamou atenção e até ouvi algumas várias vezes. Poderia ser uma faixa perfeita, mas o refrão é simplesmente terrível e estraga toda a atmosfera inicial da música. Algo que ficou muito bem feito foi a transição dessa faixa para a próxima, “Art Deco” faixa essa, inclusive, que funciona muito melhor que Freak nessa sonoridade trip hop etérea. Mesmo com todos os pequenos defeitos, “Honeymoon” é um disco bom e coeso mas tedioso, falhando em se destacar na discografia da Lana seja em sucesso ou seja em qualidade. Na minha opinião, desde esse disco a Lana nunca mais conseguiu se recuperar e seus trabalhos começaram a ser questionáveis."



. Lohan (00/100): "Lana apresentou este disco ao público cujo intuito é lhe deixarem com tonteiras, dores de cabeça e viração de olhos! Simplificando, a mesma trouxe literalmente um laxante misturado com substâncias sonolentas a ponto de deixar o ouvinte numa bolha cheia de purgatórios. Neste sentido, após a crítica sóbria feita no parágrafo anterior, venho fazer a seguinte indagação: como Lana Del Rey consegue lançar um sonífero tão lento e maciço quanto este, tendo lançado uma obra prima do pop indie/alternativo contemporâneo chamado “Born to Die”? Diante da pergunta feita acima, volto ao contexto do “Honeymoon” que, em si, é muito ruim, sendo este capaz de ser o pior material já lançado pela lenda do sono até agora! Acrescento ainda que Lana, deixou a desejar em vários aspectos possíveis e existentes no mundo do indie-pop e/ou alternativo. Tudo bem que ela lançou uma sonoridade “nova” dentro da sua limitação, mas não foi tão perspicaz quanto tentou ser. No mundo artístico é muito comum artistas lançarem diferentes sonoridades e estilos musicais visando expandir sua versatilidade para o público aumentar; todavia Del Rey só diminuiu mesmo o número de pessoas com insônia (o que é algo extremamente positivo) após ouvirem este CD. No mais, a estética vintage, barroca, rococó, transcendental, nada sóbria, arte deco, independente, capenga e xoxa, vingou para uma certa parcela de fãs e admiradores de seu árduo trabalho; mas não para o público em geral."



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