Linn da Quebrada - Pajubá
Indicação: Benedite
Média Geral: 72
Avaliações: 18
Críticas: 02
Melhor Faixa: Dedo Nucué (40%)
Gênero Musical: Música Urbana.
- INFORMAÇÕES -
"Pajubá" é o álbum de estreia da cantora, compositora e atriz brasileira Linn da Quebrada. Foi lançado no dia 06 de outubro de 2017 de forma independente. Este material conta com participações de Jup do Bairro, Pepita, Liniker e Gloria Groove. Com quatro músicas lançadas: Enviadescer, Talento, Bixa Preta e Mulher, o sucesso veio à cavalo tanto para a crítica quanto para o público. Os singles retirados deste material são: "Enviadescer", "Bomba pra Caralho" e "Coytada".
- NOTAS -
Badzgabs: 90
Diabo: 85
Murdoc: 85
Benedite: 84
Tytu: 84
Lan: 84
Toxicc: 82
Meltaway: 79
Starlight: 78
LuVincents: 75
Honey: 71
Lohan: 70
Loann: 70
Artsy: 62
Minogudo: 54
Guigo: 54
Chuck: 52
Parzival: 30
- CRÍTICAS -
. Badzgabs (90/100): "“Baseado em carne viva e fatos reais… ” Pajubá é o primeiro álbum da Linn da Quebrada, fruto de um financiamento coletivo, construído junto com a equipe da cantora, fãs e amigos. É um trabalho que trás músicas como forma de protesto com tom politico e sexual, é bota sexual nisso, a um ponto que chega até te incomodar alguns. “ Pra ser tão viado assim, precisa ter muito mais, muito talento ”, é assim que Lina abre o álbum, uma musica quase toda só falada, com em seguida as rimas cruas e provocativas de “Submissa do 7º Dia”, e “Bomba pra Caralho”, onde expõe situações de preconceito e descriminação que a mesma e muitas outras já sofreram, usando as letras como uma resposta mais que direta à crescente onda de conservadorismo e preconceito declarado que avança pelo país. (o álbum foi lançado em 2017, e mesmo agora quando escrevo sobre o trabalho em 2021, a onda do conservadorismo continua crescendo…). As letras da Linn também questionam a fragilidade masculina como em “Transudo” onde fala sobre homens que acham que o pau é a melhor coisa que podem oferecer. Em outro momento, as letras tocam em feridas da própria comunidade LGBTQIA+, como em “Coytada” e “Pare Querida”, a cantora narra o famoso preconceito dentro da própria comunidade contra gays afeminadas. Não julgo que não gosta do trabalho, não é fácil de ser digerido, tem diversas camadas, é cru e denso ao mesmo tempo, é lindo e feio, é explicito, extremamente explicito, a ponto de incomodar e criar repulsa, mas talvez seja essa a intenção da cantora, principalmente dentro da comunidade da qual ela se insere, afinal, é um trabalho feito por uma artista trans para um público LGBTQIA+, onde ela conta suas vivencias, escancara preconceitos, joga na sua cara as letras, e nem todo viadinho está preparado pra ouvir que “ dedo nucué tão bom, dedo nucué tão gostoso ”, até porque é bom mesmo e todos fazem, mas assumir e escancarar isso é bem difícil, não é mesmo? É muito apelativo, forçado, explicito, feio, grotesco não é? Kkkk bem… Se você gosta de fazer “escondido”, e quando uma pessoa faz abertamente te incomoda, o problema não parece ser da Linn."
. Toxicc (82/100): "Pajubá é um álbum visceral, que explora gênero e sexualidade sob a perspectiva de quem é mais socialmente marginalizada, e por tantos tem sua vivência tida como suja e pecaminosa. Assim como a própria autoidentificação travesti, a obra ressignifica o lugar de exclusão em que a comunidade é colocada, ostentando com orgulho tudo o que é visto como errado pela sociedade. Uma visão única e muito forte, a poesia de Linn pode ser descartada por muitos, mas toca certeiramente quem ela quer que toque."
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