Lana Del Rey - Lust For Life

 




Indicação: Artsy
Média Geral: 82
Avaliações: 16
Críticas: 03
Melhor Faixa: 13 Beaches (42%) 
Gênero Musical: Indie-pop


- INFORMAÇÕES -


"Lust for Life" é o quinto álbum de estúdio gravado pela cantora e compositora americana Lana Del Rey. O seu lançamento mundial ocorreu em 21 de julho de 2017. O álbum recebeu uma nomeação para o Grammy Awards de 2018 na categoria de Best Pop Vocal Album, tornando-se a segunda indicação de Lana na categoria. A Billboard revelou ter Lust for Life estreado em primeira posição na Billboard 200 na edição datada de 12 de agosto, com 107 mil unidades vendidas, das quais 80 mil corresponderam às vendas puras do disco — físicas e digitais — e o restante, ao resultado da conversão das vendas de 24 mil faixas suas e dos seus 36 milhões de streamings realizados em sua semana inicial em unidades equivalentes. Os singles deste CD são: "Love", "Lust for Life", "Summer Bummer" e "Groupie Love".



- NOTAS - 


Diabo: 100
Xion: 97
Parzival: 89
Euliette: 89
Starlight: 88
Artsy: 87
Luisinho: 84
Joaots: 84
Honey: 83
BuggKiller: 80
Badzgabs: 79
GuessWhoBatman: 75
SpanishSahara: 75
Benedite: 71
Chuck: 69
Lohan: 58



- CRÍTICAS - 



. Diabo (100/100): "Apesar de trazer conceitos e temas clássicos presentes em seus álbuns anteriores como músicas vintage, o glamour de Hollywood e histórias de amor, Lust For Life nos apresenta uma nova Lana Del Rey. Dessa vez, a musa que é considerada a maior compositora americana viva, deixou de ser o centro de suas composições e passou a se preocupar mais com as questões que assolavam o mundo, além de aparecer mais livre, sorridente e menos depressiva. Em “Love”, faixa que deu início aos trabalhos de divulgação do álbum, Lana já demonstrou qual rumo o disco ia tomar. Em cima de uma grandiosa produção que nos fazia relembrar o seu icônico debut “Born To Die”, a poetisa exalta seus fervorosos fãs, cantando para uma geração desiludida que elas são o futuro. Na faixa título “Lust For Life”, Lana nos surpreende com o primeiro feat de sua discografia. A cantora convida seu amigo de longa data The Weeknd para juntos entoarem o quão prazerosa é a vida e que é essa paixão por viver que os mantém vivos. Uma guinada e tanto na perspectiva da artista que até certo tempo tinha o desejo de já estar morta. Além da faixa título, Lana Del Rey traz colaborações em mais quatro faixas, o que é surpreendente para uma artista que até então nunca tinha feito uma única parceria em sua discografia. A cantora se junta aos rappers A$AP Rocky e Playboi Carti em “Summer Bummer”, faixa com influências hip hop, que para a grande maioria pode parecer uma grande novidade em sua carreira, apesar dela já ter se aventurado neste estilo por diversas vezes em várias músicas que acabaram não sendo lançadas. Lana se junta novamente com A$AP Rocky em “Goupie Love”, uma deliciosa música pop com uma sonoridade vintage onde Lana canta sobre a paixão que sente por seu ídolo. A lendária Stevie Nicks, vocalista da banda “Fleetwood Mac” aparece em “Beautiful People Beautiful Problems” e Sean Ono Lennon, filho de John Lennon adiciona seus vocais na apaixonante balada folk “Tomorrow Never Came”. A situação política que, não só os Estados Unidos, como também o mundo se encontrava naquela momento, influenciou bastante o álbum e suas composições. Essas influências podem ser vistas de maneira clara em “Coachella – Woodstock In My Mind”, música composta após a cantora fumar um baseado no festival Coachella daquele ano e se transmutar diretamente para Woodstock, onde passou a refletir sobre todas as maldades que afligiam o mundo e tudo que ela queria era uma escada para subir até o céu para perguntar alguma coisa para alguém (Provavelmente para Deus? Ela propsitalmente não deixa claro). A influência da atual conjuntura política também é notada em “God Bless America – And All The Beautiful Woman in It”. A música foi composta após a Marcha das Mulheres, realizada em Washington logo após a posse do ex presidente Donald Trump, na qual milhares de mulheres foram as ruas protestar contra o machismo do então presidente e pedir direitos iguais. Podemos ver mais influências políticas em “When The World Was At War We Kept Dancing” e na poderosa balada “Change”. O álbum não poderia terminar de maneira melhor a não ser com “Get Free”, um grito artístico de liberdade. O manifesto moderno de Lana Del Rey, segundo as palavras da própria, é sobre pessoas que não conseguem atingir o seu potencial total porque as pessoas controladoras a impedem de serem livre. Nessa canção, o eu lírico finalmente conseguiu se libertar dos controladores para finalmente se tornar uma pessoa livre, fazer o que quiser e ir para onde quiser. Uma verdadeira inspiração para a sua legião de fãs!"


. Xion (97/100): "Perfeito como o BTD e tem uma das melhores música da carreira, que é Cherry. Lust For Life é um trabalho complexo, assim como a mente de Lana. Trabalhando em diversas direções, temos um registro maduro que nos faz acreditar que estamos diante de mais um disco maçante de Lana quando, na verdade, temos em mãos o trabalho mais consistente da cantora até agora."


. Artsy (87/100): “Lust For Life” é um lançamento um tanto quanto polêmico na carreira da Lana Del Rey. Muitos consideram esse disco um grande retrocesso para a cantora após os seus primeiros três álbuns. Por outro lado, é um dos mais bem recepcionados da cantora pela crítica especializada, rendendo a Lana até mesmo uma indicação ao grammy, algo que a artista não conquistava havia 4 anos. Realmente, é um trabalho difícil ranquear esse álbum dentro da discografia da cantora. Certamente está longe de ser a melhor obra que Lana Del Rey já lançou, mas será mesmo que “Lust For Life” é um trabalho merecedor de toda crítica negativa? O grande ponto que geralmente é destacado para esse disco é a falta de coesão de ideias entre as faixas. Eu até concordo com esse ponto, “Lust For Life” é um álbum que explora diferentes sonoridades e parece reciclar diferentes eras de Lana Del Rey em uma só, mas não é algo que particularmente me incomoda aqui. A própria cantora já havia anteriormente declarado que esse era um disco feito especialmente para os seus fãs de longa data, que a acompanhavam desde o Born to Die, então é entendível porque exista uma certa impressão que alguma música saiu de algum dos discos anteriores. Se por um lado as músicas hora ou outra remetem sonoramente ao Born to Die ou ao Honeymoon, as letras aqui se mostram um pouco menos depressivas (apesar de ainda serem fortemente sentimentais, afinal estamos falando de Lana Del Rey), e um pouco mais otimistas em relação a vida, pisando de leve também em temáticas políticas e sociais. Novamente, estão longe de serem as melhores composições da artista, mas de alguma forma são de má qualidade. O auge de “Lust For Life” está em sua primeira parte (compreendendo até mais ou menos a faixa 8), com destaque para os singles Love e Lust for Life, e as excelentes faixas “13 Beaches” e “Cherry”. A segunda parte é vastamente inferior, mas apresenta algumas colaborações de peso com a rockeira Stevie Nicks e com o cantor Sean Lennon, que acabam sendo um pouco entediantes e fracas perto das faixas seguintes “Heroin”, “Change” e “Get Free” que são bem mais interessantes sonoramente e liricamente. Além disso, ás vezes o álbum acaba soando um pouco maçante pela sua duração (1h e 12 min). Em resumo, “Lust For Life” é um disco pop comercial inofensivo de Lana Del Rey. Assim como o seu predecessor, Honeymoon, acaba sendo ofuscado por discos gigantes que vieram antes e depois (Ultraviolence e Norman Fucking Rockwell!), mas não é desagradável. Talvez por estarmos falando de Lana Del Rey, que tinha um histórico de entregas discos perfeitos do início ao fim até então, possa ser um pouco decepcionante, mas é um disco que sempre me pego ouvindo uma ou outra faixa sempre."



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